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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

QNADO TEU FILHO DIZ....

QUANDO O TEU FILHO TE DIZ: MÃE, PAI NÃO TE METAS !

Isto foi analisado por um sacerdote

• Hoje que estou aprofundando os meus estudos teológicos na Família, seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos, recordo-me de uma ocasiãoem que escutei um jovem gritar ao seu Pai:

• NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!

• Esta frase tocou-me profundamente, tanto, que freqüentemente a recordo e comento nas minhas conferências com Pais e filhos.
• Se em vez de sacerdote, tivesse optado por ser pai de família, o que responderia a essa pergunta inquisitiva de meu filho?

Esta poderia ser a minha resposta:

FILHO, UM MOMENTO, NÃO SOU EU QUE ME METO NA TUA VIDA,
FOSTE TU QUE TE METESTE NA MINHA!

Faz muitos anos, graças a Deus, e pelo amor que a mamãe e eu sentimos, chegaste às nossas vidas, ocupaste todo nosso tempo, ainda antes de nasceres.
A mamãe sentia-se mal, não conseguia comer, tudo o que comia, vomitava,
e tinha que ficar de repouso.
Eu tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa para ajudá-la.
Nos últimos meses, antes que chegasses à casa, a mamãe não dormia e não me deixava dormir.
Os gastos aumentam incrivelmente, tanto que grande parte do que ganhava era gasto contigo, para pagar um bom médico que atendesse a mamãe e a ajudasse a ter uma gravidez saudável, em medicamentos, na maternidade, em comprar-te todo um guarda-roupa. A mamãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti, compramos tudo o que podíamos, contando que tu estivesses bem tivesses o melhor possível.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?!

Chegou o dia em que nasceste: Temos que comprar algo para dar de recordação aos que te vieram conhecer, DISSE A MAMÃE.Temos que adaptar um quarto para o bebê.Desde a primeira noite não dormimos. A cada três horas,como se fosses um alarme de relógio, despertavas para te darmos de comer. Outras, porque te sentias mal e choravas e choravas, sem que nós soubéssemos o que fazer, pois não sabíamos o que te tinhas, até chorávamos contigo.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Começaste a andar, eu não sei quando foi que eu tive que andar mais atrás de "ti", se quando começaste a andar ou quando pensaste que já sabias.
Já não podia sentar-me tranquilo a ler o jornal ou a ver um filme ou o jogo do meu time favorito, porque quando acordavas, te perdias da minha vista e tinha que sair atrás de ti para evitar que te machucasses.
NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Ainda me lembro do primeiro dia de aula. Quando tive que telefonar para o serviço e dizer que não podia ir.Já que tu, na porta do colégio, não querias soltar-me a mão e entrar. Choravas e pedias-me que não fosse embora.Tive que entrar contigo na escola, e pedir à professora que me deixasse estar ao teu lado, algum tempo, na sala, para que te fosses acostumando. Depois de algumas semanas já não me pedias que fosse embora, como até esquecias de despedir quando saías do carro correndo para te encontrares com os teus amiguinhos.
NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Foste crescendo, já não querias que te levássemos às festas em casa de teus amiguinhos, pedias-nos que parássemos numa rua antes de te deixarmos e que te fôssemos buscar numa rua depois, porque já eras "cool“, top, não querias chegar cedo em casa, incomodava-te que te impuséssemos regras, não podíamos fazer comentários sobre os teus amigos, sem que te voltasses contra nós, como se os conhecesses a eles toda a tua vida e nós fôssemos uns perfeitos "desconhecidos" para ti.

NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Cada vez sei menos de ti por ti mesmo , sei mais pelo que ouço dos demais.Já quase não queres falar comigo, dizes que apenas sei reclamar, e tudo o que eu faço está mal, ou é razão para que te rias de mim, pergunto: como, com esses defeitos, pude dar-te o que até agora tens tido.
A Mamãe passa a noite em claro e consequentemente não me deixa dormir dizendo-me: que ainda não chegaste e que já é madrugada, que o teu celular está desligado, que já são 3 h e não chegas. Até que por fim podemos dormir quando acabas de chegar.
NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Já quase não falamos, não me contas as tuas coisas, aborrece-te falar com velhos que não entendem o mundo de hoje. Agora só me procuras quando tens que pagar algo ou necessitas de dinheiro para a universidade, ou para sair. ou pior ainda, procuro-te eu, quando tenho que chamar-te a atenção.
NÃO TE METAS NA MINHA VIDA?

Mas estou seguro que diante destas palavras . . "NÃO TE METAS NA MINHA VIDA", podemos responder juntos:

FILHO, EU NÃO ME METO NA TUA VIDA TU TE METESTE NA MINHA, EU TE ASSEGURO, QUE DESDE O PRIMEIRO DIA, ATÉ AO DIA DE HOJE, NÃO ME ARREPENDO QUE TE TENHAS METIDO NELA E A TENHAS TRANSFORMADOPARA SEMPRE!

ENQUANTO EU FOR VIVO, VOU METER-ME NA TUA VIDA, ASSIM COMO TU TE METESTE NA MINHA, PARA AJUDAR-TE, PARA FORMAR-TE, PARA AMAR-TE E PARA FAZER DE TI UM HOMEM OU UMA MULHER DE BEM!

SÓ OS PAIS QUE SABEM METER-SE NA VIDA DE SEUS FILHOS CONSEGUEM FAZER DELES, HOMENS E MULHERES QUE TRIUNFAM NA VIDA E SÃO CAPAZES DE AMAR!

PAPAIS: MUITO OBRIGADO! Por se meterem na vida dos seus filhos. Ah, melhor ainda, corrijo, por terem deixado que os seus filhos se metam nas suas vidas!

E para vocês filhos:

VALORIZEM OS SEUS PAIS. NÃO SÃO PERFEITOS, MAS AMAM VOCÊS E TUDO O QUE DESEJAM É QUE VOCÊS SEJAM CAPAZES DE ENFRENTAREM A VIDA E TRIUNFAREM COMO HOMENS DE BEM !

A vida dá muitas voltas, e, em menos tempo do que vocês imaginam, alguém lhes dirá:
“NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!”A paternidade não é um capricho ou um acidente, é um dom de Deus, que nasce do Amor!Deus os abençoe! A TODOS!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

MEMSAGEM JUDIAÇA

Caros amigos,

Mais uma vez na história judaica, a hora é de união: nestes dias repete-se o que já conhecemos bem: o antissemitismo juntou-se ao anti-israelismo, que se fundiu ao antissionismo, que se travestiu de antijudaísmo...

Se nós, judeus, circunstancialmente não sublimarmos diferenças, não só o Estado de Israel, mas valores fundamentais do nosso povo, e a nossa própria existência, estarão, outra vez, em risco.

Religiosos, seculares, ortodoxos, reformistas, liberais... qualquer autodenominação que participe da interminável discussão "quem é judeu?", não importa... leiam as sessões de cartas dos leitores dos periódicos, observem o "comente" dos e-papers: o mundo não hesitará em nos levar de novo para uma fogueira inquisitória ou um forno crematório. Seremos todos os judeus, de sempre, das mesmas perseguições, sem distinção, sem um julgamento justo ou equilibrado.

Isaac Bashevis Singer, Prêmio Nobel de Literatura (escrevendo em íidiche) dizia: "se esqueceres que é judeu, imediatamente (os não judeus) te lembrarão"....

Uma ferrenha campanha difamatória anti-judaica está em curso. É nossa obrigação moral judaica contra-atuar. É nossa 'mitzvá' religiosa combater estas idéias. É nosso compromisso ético com os garotos do Exército que récem completaram 18 anos e neste momento estão arriscando suas vidas nas vielas de Gaza. É nossa obrigação espiritual com os parentes que perdemos na Europa há somente pouco mais de 60 anos ou que há pouco mais de 50 anos foram expulsos dos países árabes.

Publicado por Alexandre Eisenberg (RJ) recentemente no Observatório da Imprensa: "o objetivo da demonização de Israel na mídia é a deslegitimação deste país e sua possível dissolução através de tropas internacionais, provavelmente da Otan, como foi no caso da Iugoslávia. Trata-se de uma empreitada difícil, mais difícil do que foi a dissolução da Iugoslávia nos anos 1990, pois é preciso primeiro convencer o Ocidente de uma malignidade intolerável do Estado de Israel através justamente de uma campanha de propaganda maciça, como a que vemos hoje em toda a grande mídia, bem como nas mídias alternativas de extrema-esquerda e extrema-direita, semelhante à campanha de demonização dos sérvios que preparou o Ocidente para o bombardeio de Belgrado.

Na Alemanha nazista, a "grande mentira" era a de que os judeus eram perigosíssimos porque conspiravam pela dominação do planeta. De nada adiantava olhar para a realidade nua e crua da pobreza da maior parte dos judeus europeus, pois os séculos de doutrinação anti-judaica das igrejas pesavam mais que aquilo que os olhos podiam ver por si mesmos. Os europeus só caíram em si quando tiveram de olhar de frente para os horrores do Holocausto, que tacitamente lhes revelou que o "grande poder" dos judeus era uma farsa que levou a Europa à ruína.""Quando a grande mídia banaliza ou destrói o significado de palavras como "genocídio", "campo de concentração", "nazismo" ou "apartheid" é porque o Ocidente mais uma vez está por afundar no caos e, obviamente, não será a dissolução ou destruição do Estado judeu que resolverá o problema, assim como o assassinato em massa dos judeus europeus entre 1939 e 1945 não resolveu este mesmo problema há apenas 63 anos."Conflitos gravíssimos com um número monumental de vítimas evoluem na África. Conturbações gravíssimas acontecem na Ásia e nas ex-repúblicas soviéticas. Todas elas tem a participação protagonista da numerosa porção islamofascista dos 1 bilhão de árabes do mundo. Narcoditadores latinoamericanos (Chavez, Morales, Correa e Fidel) acobertam suas limitações morais em espúrios apoios às ditaduras islâmicas. Pseudodemocratas nacionais (Amorim, PT e afins) acobertam suas verdadeiras posições, iguais aos dos vizinhos, através de uma atuação aparentemente ambivalente (manifesto do PT, depois contra-manifesto do PT, com a inclusão de petistas de origem árabe e... judaica. Inócuos, para nós!).E os europeus? Em nome de uma suposta superioridade moral e de princípios, convenientemente estabelecem o entorno da questão judaico-palestina como prioritária, impondo condições e estabelecendo metas, atualmente em quase uníssono com os norteamericanos. Com que autoridade? Com a autoridade de terem abrigado, no velho continente, o maior número de guerras, as mais sanguinárias, várias delas nos últimos 100 anos? E para nós, judeus, que já sofremos 5 tentativas de dizimação pelos povos europeus (Império Romano, Cruzados, Inquisição, Pogroms e Nazifascismo), terão eles aprendido, se arrependido? Temos segurança hoje em andar de kipá em Paris ou rezar em uma sinagoga belga?Quem então é o atual vilão do mundo? A elite árabe sudanesa que já massacrou pelo menos 500 mil negros? Os terroristas radicais islâmicos da Chechênia, Sri Lanka ou Cachemira? Não! São os 14 milhões de judeus do mundo, representados pelos 6 milhões que habitam o Estado de Israel, apoiados incondicionalmente pelos outros 8 milhões espalhados pelo mundo....Assim como, os 12 milhões de judeus europeus eram os culpados pelo infortúnio do mundo na década de 1930, não importasse qual fosse a real condição precária da grande maioria, espalhada pela Europa oriental. Não eram os fascitas italianos liderados por Mussolini, não eram os nazistas hitleristas, nem eram os comunistas de Stalin, um dos maiores assassinos da história mundial.Da mesma forma, o islamofascismo apropriou-se da linguagem antissemita hitlerista e esta, quiescente nestes 60 anos, já está amplamente redifundida no ocidente, patrocinada pelas ditaduras teocráticas árabes que investiram maçicamente no controle acionário da grande mídia mundial (CNN, FOX, etc., exemplo de investimento de bilhões de dólares do príncipe saudita bin Talal, o 5o. mais rico do mundo). Os slogans da década de 1930 estão em qualquer "chat" de um Globo, uma Folha de SP ou um NYTimes. Se entrarmos neste segundo, veremos aos borbotões: "porcos sionistas", "judeus controlam a mídia e as finanças internacionais", "morte a todos os judeus", "judeus não se misturam, tenho nojo deles", entrem agora e vejam...
Por outro lado, temos recebido, principalmente por e-mail ou outras fontes judaicas, informações idôneas que, lamentavel e intencionalmente tem sido omitidas pela mídia de grande circulação. Difundam estas informações, enviem e-mails, estudem as informações, estejam preparados para o debate. Não podemos nos omitir, precisamos de argumentos verdadeiros, justos e equilibrados, sempre prontos.

O debate e o livre arbítrio são inerentes a nossa cultura. A condição analítica e questionadora é uma prerrogativa talmúdica. Acima de tudo, em momentos históricos como este, aonde o mundo nos vilaniza sistematicamente, o que pode culminar rapidamente em mais um holocausto judaico (bastando um Irã atômico em 2 anos, por hipótese), continuaremos aceitando a todas as diferenças, mas não poderemos aceitar que, em nome de uma esquerdopatia falsamente igualitária, ou de suposta correção política superior, judeus como nós, mas com exposição nos meios de comunicação, se posicionem de forma dúbia, como se falassem em nome do nosso povo. Cobrem destes, postura ou não permitam que falem por nós.

Shalom
Sérgio Kandelman, RJ

Postado por
Rosangela

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

FÁBULA DE VERDADE

Um dia, a Verdade andava visitando os homens sem roupas e sem adornos, tão nua como o seu nome.
E todos que a viam viravam-lhe as costas de vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.
- Verdade, por que estás tão abatida? - perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!
- Que disparate! - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam.Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.
Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda à parte onde passa era bem-vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

POR ISSO É UM PRESENTE!

Palestra de Brian Dyson
(ex-presidente da Coca-Cola Co.)
"Imagine a vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que são lançadas no ar... Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.
O trabalho é a única bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas.
Entendam isso e assim conseguirão o equilíbrio na vida".
Como?
Não diminua seu próprio valor comparando-se com outras pessoas.
Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.
Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante.
Só você tem condições de escolher o que é melhor para si próprio.
Dê valor e respeite as coisas mais queridas de seu coração.
Apegue-se a ela como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido.
Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro.
Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de suas vidas.
Não desista enquanto ainda é capaz de um esforço a mais.
Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.
Não tema admitir que não é perfeito.
Não tema enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser valentes.
Não exclua o amor de sua vida dizendo que não se pode encontrá-lo. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio. A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas. Corra atrás de seu amor, ainda dá tempo!
Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde esteve e para onde vai.
Não tenha medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega fácilmente.
Não use imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se pode recuperar uma palavra dita.
A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.
Lembre-se: Ontem é história.
Amanhã é mistério e
HOJE é uma dádiva.

Por isso se chama "presente".

Postafdo por Rosangela

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

DO MUNDO VIRTUAL AO ESPIRITUAL

Postado por : Rosangela

Frei Betto

Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, daMongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos,recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão. Outro dia, euobservava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de esperacheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos,geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomadocafé da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outrocafé, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: "Qual dos doismodelos produz felicidade?" Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, eperguntei: "Não foi à aula?" Ela respondeu: "Não, tenho aula à tarde".Comemorei: "Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até maistarde". "Não", retrucou ela, "tenho tanta coisa de manhã..." "Quetanta coisa?", perguntei. "Aulas de inglês, de balé, de pintura,piscina", e começou a elencar seu programa de garota robotizada.Fiquei pensando: "Que pena, a Daniela não disse: "Tenho aula demeditação!" Estamos construindo super-homens e supermulheres, totalmenteequipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso as empresasconsideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a InteligênciaEmocional. Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue serelacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículosescolares incluírem aulas de meditação! Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960,seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessentaacademias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malharo corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação doespírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: "Como estava odefunto?". "Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!" Mas comofica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidadeamorosa? Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-sena realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade.Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pegaaids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado emseu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio,sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi­nho de prédio ou dequadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores,não há compromisso com o real! É muito grave esse processo deabstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais,religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vaipor outro lado, pois somos também eticamente virtuais… A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamentodo espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, éum problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamosum pouco menos cultos. A palavra hoje é 'entretenimento' ; domingo,então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil oapresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecilquem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não conseguevender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado dasoma de prazeres: "Se tomar este refrigerante, vestir este tênis,­usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!" O problema éque, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira odesejo, que acaba­ precisando de um analista. Ou de remédios. Quemresiste, aumenta a neurose. Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dosseus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me daro direito de apresentar uma su­gestão. Acho que só há uma saída: viraro desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! Ogrande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo,começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamentoglobalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor.Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis:amizades, auto-estima, ausência de estresse. Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vaià Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deveprocurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de queela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam statusconstruindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shoppingcenter. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhasarquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir dequalquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E alidentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças derua, sujeira pelas calçadas... Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno,aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos,todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitadospor belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reinodos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar nocheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar,certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos naeucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e omesmo hambúrguer do McDonald's… Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas:"Estou apenas fazendo um passeio socrático." Diante de seus olharesespantados, explico: "Sócrates, filósofo grego, também gostava dedescansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quandovendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenasobservando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz."

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

COBRIR A TRAGEDIA FOI UM DESASTRE

Se você acha que jornalismo na TV é show de imagens, profusão de lágrimas e excesso de perguntas ridículas então a cobertura das enchentes em Santa Catarina pela TV foi um sucesso.Mas se você acredita que jornalismo de verdade, mesmo na TV, deveria investigar o que realmente aconteceu, a extensão e causas da tragédia, então a cobertura em Santa Catarina foi um... desastre.Um fantástico show de pieguices, redundâncias e improvisações com pouquíssimas informações, nenhuma investigação e ainda menos contextualização.Jornalismo na TV ou em qualquer lugar tem que ter boas imagens e emoção. Nada contra. Mas também tem que ter o mínimo de conteúdo. Afinal, telejornalismo é prestação de serviço obrigatório em concessão pública.No entanto, o que fica evidente é que para as nossas redes de TV "tragédia" significa antes de tudo "oportunidade" para aumentar a audiência e investir na própria imagem.E dá-lhe excesso de matérias que dizem pouco e não explicam nada. O verdadeiro objetivo é comover o público e ajudar a inverter a longa tendência de queda de audiência dos telejornais.Além da pieguice da cobertura, surge uma tremenda oportunidade comercial para essas emissoras: campanhas autopromocionais de ajuda duvidosa às vítimas das tragédias, mas que fortalecem a imagem e os interesses das emissoras. Campanhas filantrópicas? Este domingo, o show de pieguices na TV ultrapassou todos os limites do bom senso. Foi um excesso de lágrimas e pouquíssimas cobranças. Confesso que em muitos anos de TV não havia visto tanta bobagem e tão pouca informação em uma tragédia tão recorrente e previsível. Pobre Santa Catarina!Já em 1984 cobria enchentes no Vale do Itajaí para agências internacionais de notícias. Repeti a dose diversas vezes. Pelo jeito, nada mudou. A pergunta dos meus editores continua relevante: por que vocês não fazem alguma coisa para evitar as próximas enchentes?Mas pelo jeito, parece que esse tipo de pergunta não é importante. Pelo menos, não para a nossa TV. Frente às lágrimas dos sobreviventes, cidades alagadas e muitas casas destruídas, o jornalismo de verdade, pelo menos na TV, não tem vez.Diretores na rua Neste último domingo, teve de "quase" tudo na cobertura da tragédia em Santa Catarina pelas nossas TVs. Na Record, a campanha "Reconstruindo Santa Catarina" ou seria "Reconstruindo a Record", ficou parecendo muito com o famigerado formato dos programas evangélicos da emissora.Artistas e apresentadores foram convidados a fazer figuração ao vivo no lançamento da campanha. Uma das cenas mais patéticas da nossa TV. Todos em pé no fundo do palco, cada um ao lado do outro, sem saber bem muito bem o que dizer ou fazer. A improvisação e o constrangimento eram evidentes.Enquanto isso, o mestre de cerimônia do programa, o repórter Brito Júnior, a todo instante fazia questão de elogiar a iniciativa da rede Record: arrecadar fundos para reconstruir casas em Santa Catarina.Ele também aproveitava a ocasião para destacar a qualidade das reportagens dos colegas de emissora. Um show de matérias lacrimogêneas que não diziam muito, mas que conseguiam seu principal objetivo: emocionar o público e garantir doações e fortalecer a imagem da emissora. Mas o ponto alto da cobertura foram os diretores da emissora caminhando pelas ruas devastadas de Blumenau. Todos vestindo ternos escuros, "men in black", homens de preto ou seriam pastores evangélicos, ouvindo as reclamações dos moradores, se reunindo com os políticos locais e garantindo ao público soluções milagrosas.Sinceramente, foi algo inusitado na TV brasileira. Não me lembro jamais de ver diretores de emissoras de TV fazendo esse papel. Sinal dos tempos ou de desespero. Ainda não estou certo. Doação de saláriosA Record fez questão de mobilizar seus melhores jornalistas para entrevistar ou "levantar a bola" para seus próprios diretores em pleno cenário da tragédia catarinense.Isso certamente demonstra que não há mais limites para as nossas TVs. Por um punhado de Ibopes, fazemos qualquer negócio. Mas o momento mais singular ou patético foi a declaração ou "cobrança" ao vivo do repórter Brito Junior aos apresentadores da emissora presentes no palco da campanha.Ele se dirige ao público telespectador para informar que naquele momento todos os apresentadores da Record teriam decidido dar o exemplo e abrir mão de dez, vinte, trinta ou até mesmo cem por cento de seus salários para ajudar as vitimas das enchentes em Santa Catarina. Corte rápido para a cara de surpresa do jornalista Paulo Henrique Amorim. Valeu a pena ter assistido a tantas bobagens para testemunhar esse momento de solidariedade surpreendente ou "forçada". Acho que o PHA não entendeu muito bem ou não gostou da brincadeira. Tanto faz!Mas teve mais. O mesmo Paulo Henrique Amorim não perderia a oportunidade para promover o jornalismo solidário: "Não é porque a reportagem é minha, mas eu gostaria de chamar atenção dos telespectadores".Corte rápido para mais comerciais e mais doações.Artistas ao vivo e "ouro" para o BrasilNo outro extremo, a TV Cultura de São Paulo também embarcou na cobertura e na promoção da tragédia com campanhas de ajuda. Meio às pressas, organizou show ao vivo diretamente do auditório do Ibirapuera com muitos artistas, em sua maioria grandes desconhecidos. Foi outro show de pieguice e improvisação na TV.Vários apresentadores da emissora compareceram ao palco improvisado e obviamente não sabiam o que dizer ou fazer. Não foi boa televisão, mas acho que valeu a intenção. Pelo menos, não prometeram doar os salários dos funcionários da emissora.Aqui entre nós, tenho minhas dúvidas sobre a eficácia dessas campanhas filantrópicas na TV. Fazem grandes promoções, enormes promessas e dificilmente divulgam seus resultados. TV é muito boa para mobilizar o público. Mas odeia prestar contas de seus atos ou de suas campanhas.E como recordar é viver, seria bom lembrar uma das primeiras campanhas na TV: Ouro para o bem do Brasil. Lembram? Foi nos primeiros anos da ditadura. Assisti ao vivo pela TV. Milhares de brasileiros foram aos postos de arrecadação das Associadas levando suas alianças de ouro com o objetivo de salvar o Brasil da falência. Pobres brasileiros. Já naquela época, a TV mostrava sua força e sua farsa.O Brasil continuou o mesmo. O ouro para o bem do país provavelmente sumiu. E a nossa TV jamais prestou contas do dinheiro arrecadado com tanta boa vontade.Então, por que não promover um novo show ao vivo com artistas conhecidos e desconhecidos para demonstrar ao público como foi gasto todo o dinheiro arrecadado para as vítimas de Santa Catarina?Pode não dar bom Ibope, mas garantiria mais transparência, honestidade e engajamento do público em futuras campanhas. Foi só uma sugestão. Jornalistas bombeiros e pára-quedistas!Afinal, o desastre de Santa Catarina sempre foi "previsível" – eu mesmo já cobri várias outras inundações no Vale do Itajaí – e outros desastres com certeza virão.Em vez de investir em campanhas de solidariedade, talvez devêssemos investir no treinamento de profissionais para cobrir desastres e fazer um jornalismo de TV melhor. Um jornalismo que busque as causas dos desastres e que exija medidas concretas para evitá-los no futuro. Pode não dar tanto Ibope, mas pode salvar muitas vidas.Nunca entendi por que as emissoras de TV não investem em treinamento para a cobertura de desastres. Não sabemos quando, mas eles sempre acontecem. E eles são muito importantes para a cobertura jornalística. Não podemos viver eternamente acreditando em improvisações, amadorismos ou jeitinhos de última hora. Se bombeiros fossem jornalistas, todos os incêndios ou inundações também seriam um desastre. Bombeiros ou profissionais que vivem de tragédias se preparam para as surpresas da natureza, das irresponsabilidades políticas ou da crescente especulação imobiliária.Tragédias ou desastres são o grande momento de qualquer tipo de jornalismo. Ainda mais na TV. Não podem ser previstos ou planejados, mas a cobertura dessas tragédias pode ser preparada, equipes podem ser treinadas e os resultados finais podem ser avaliados. Temos que aprender a cometer erros novos.No Fantástico, a cobertura não foi muito diferente das competidoras. Muitas lágrimas, imagens dramáticas, pés na lama e pouquíssimas informações relevantes.Mas o mais "patético" foi levar a bela apresentadora do Fantástico, Patrícia Poeta, para os confins do desastre catarinense. Pobre apresentadora. A falta de jeito e experiência era evidente. Afinal, não se faz um repórter de verdade, que cubra tragédias de uma hora para outra. Além disso, a beleza e a fama muitas vezes atrapalham. Bom jornalismo não se improvisa.Também considero essa prática jornalística um certo desrespeito com os profissionais mais dedicados, experientes, porém menos famosos. Eles ficam "ralando" durante dias para garantir uma boa cobertura, e nos grandes momentos, nas principais reportagens, nas melhores chamadas são substituídos pelos jornalistas ou apresentadores pára-quedistas. Triste vida do repórter de verdade. Pois o ponto alto da cobertura da tragédia em Santa Catarina no Fantástico deste domingo, com direito à chamada retumbante na Internet foi: "Patrícia Poeta passa madrugada em abrigo em Ilhota(SC)". Pasmem! Ver aqui.Destaque para algumas das melhores e mais relevantes perguntas da toda a cobertura de TV da tragédia em Santa Catarina: Patrícia Poeta: Qual vai ser o dia mais triste, o momento mais triste que você vai lembrar?Impressionante. Mas não foi só isso. Teve mais.Na penumbra do abrigo, altas horas, a apresentadora do Fantástico ainda esbanjava elegância e beleza com seus cabelos longos, soltos, bem cuidados e penteados e com muita, muita maquiagem no rosto. Ela estava bem preparada para enfrentar as agruras de uma longa noite no abrigo. Ao fundo, mulher sentada com ar de tristeza e resignação aguardava o desastre. Cenário perfeito para a pergunta definitiva: Patrícia Poeta: Simone, você está na fila do banheiro?Corte rápido para os comerciais e para mais pedidos de doações.(*) É jornalista, professor de jornalismo da UERJ e professor visitante da Rutgers, The State University of New Jersey. Fez mestrado em Antropologia pela London School of Economics, doutorado em Ciência da Informação pela UFRJ e pós-doutorado em Novas Tecnologias na Rutgers University. Atualmente, faz nova pesquisa de pós-doutorado em Antropologia no PPGAS do Museu Nacional da UFRJ sobre a "Construção da Imagem do Brasil no Exterior pelas agências e correspondentes internacionais". Trabalhou na Rede Globo no Rio de Janeiro e no escritório da TV Globo em Londres. Foi correspondente na América Latina para as agências internacionais de notícias para TV, UPITN e WTN. É responsável pela implantação da TV UERJ online, a primeira TV universitária brasileira com programação regular e ao vivo na Internet. Este projeto recebeu a Prêmio Luiz Beltrão da INTERCOM em 2002 e menção honrosa no Prêmio Top Com Awards de 2007. Autor de diversos livros, a destacar "Telejornalismo, Internet e Guerrilha Tecnológica", "O Poder das Imagens" da Editora Livraria Ciência Moderna e o recém-lançado "Antimanual de Jornalismo e Comunicação" pela Editora SENAC, São Paulo. É torcedor do Flamengo e ainda adora televisão.

MATERIA DE ANTONIO BRASIL
Antonio Brasil (*)

POSTADO POR ROSANGELA