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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

MEMSAGEM JUDIAÇA

Caros amigos,

Mais uma vez na história judaica, a hora é de união: nestes dias repete-se o que já conhecemos bem: o antissemitismo juntou-se ao anti-israelismo, que se fundiu ao antissionismo, que se travestiu de antijudaísmo...

Se nós, judeus, circunstancialmente não sublimarmos diferenças, não só o Estado de Israel, mas valores fundamentais do nosso povo, e a nossa própria existência, estarão, outra vez, em risco.

Religiosos, seculares, ortodoxos, reformistas, liberais... qualquer autodenominação que participe da interminável discussão "quem é judeu?", não importa... leiam as sessões de cartas dos leitores dos periódicos, observem o "comente" dos e-papers: o mundo não hesitará em nos levar de novo para uma fogueira inquisitória ou um forno crematório. Seremos todos os judeus, de sempre, das mesmas perseguições, sem distinção, sem um julgamento justo ou equilibrado.

Isaac Bashevis Singer, Prêmio Nobel de Literatura (escrevendo em íidiche) dizia: "se esqueceres que é judeu, imediatamente (os não judeus) te lembrarão"....

Uma ferrenha campanha difamatória anti-judaica está em curso. É nossa obrigação moral judaica contra-atuar. É nossa 'mitzvá' religiosa combater estas idéias. É nosso compromisso ético com os garotos do Exército que récem completaram 18 anos e neste momento estão arriscando suas vidas nas vielas de Gaza. É nossa obrigação espiritual com os parentes que perdemos na Europa há somente pouco mais de 60 anos ou que há pouco mais de 50 anos foram expulsos dos países árabes.

Publicado por Alexandre Eisenberg (RJ) recentemente no Observatório da Imprensa: "o objetivo da demonização de Israel na mídia é a deslegitimação deste país e sua possível dissolução através de tropas internacionais, provavelmente da Otan, como foi no caso da Iugoslávia. Trata-se de uma empreitada difícil, mais difícil do que foi a dissolução da Iugoslávia nos anos 1990, pois é preciso primeiro convencer o Ocidente de uma malignidade intolerável do Estado de Israel através justamente de uma campanha de propaganda maciça, como a que vemos hoje em toda a grande mídia, bem como nas mídias alternativas de extrema-esquerda e extrema-direita, semelhante à campanha de demonização dos sérvios que preparou o Ocidente para o bombardeio de Belgrado.

Na Alemanha nazista, a "grande mentira" era a de que os judeus eram perigosíssimos porque conspiravam pela dominação do planeta. De nada adiantava olhar para a realidade nua e crua da pobreza da maior parte dos judeus europeus, pois os séculos de doutrinação anti-judaica das igrejas pesavam mais que aquilo que os olhos podiam ver por si mesmos. Os europeus só caíram em si quando tiveram de olhar de frente para os horrores do Holocausto, que tacitamente lhes revelou que o "grande poder" dos judeus era uma farsa que levou a Europa à ruína.""Quando a grande mídia banaliza ou destrói o significado de palavras como "genocídio", "campo de concentração", "nazismo" ou "apartheid" é porque o Ocidente mais uma vez está por afundar no caos e, obviamente, não será a dissolução ou destruição do Estado judeu que resolverá o problema, assim como o assassinato em massa dos judeus europeus entre 1939 e 1945 não resolveu este mesmo problema há apenas 63 anos."Conflitos gravíssimos com um número monumental de vítimas evoluem na África. Conturbações gravíssimas acontecem na Ásia e nas ex-repúblicas soviéticas. Todas elas tem a participação protagonista da numerosa porção islamofascista dos 1 bilhão de árabes do mundo. Narcoditadores latinoamericanos (Chavez, Morales, Correa e Fidel) acobertam suas limitações morais em espúrios apoios às ditaduras islâmicas. Pseudodemocratas nacionais (Amorim, PT e afins) acobertam suas verdadeiras posições, iguais aos dos vizinhos, através de uma atuação aparentemente ambivalente (manifesto do PT, depois contra-manifesto do PT, com a inclusão de petistas de origem árabe e... judaica. Inócuos, para nós!).E os europeus? Em nome de uma suposta superioridade moral e de princípios, convenientemente estabelecem o entorno da questão judaico-palestina como prioritária, impondo condições e estabelecendo metas, atualmente em quase uníssono com os norteamericanos. Com que autoridade? Com a autoridade de terem abrigado, no velho continente, o maior número de guerras, as mais sanguinárias, várias delas nos últimos 100 anos? E para nós, judeus, que já sofremos 5 tentativas de dizimação pelos povos europeus (Império Romano, Cruzados, Inquisição, Pogroms e Nazifascismo), terão eles aprendido, se arrependido? Temos segurança hoje em andar de kipá em Paris ou rezar em uma sinagoga belga?Quem então é o atual vilão do mundo? A elite árabe sudanesa que já massacrou pelo menos 500 mil negros? Os terroristas radicais islâmicos da Chechênia, Sri Lanka ou Cachemira? Não! São os 14 milhões de judeus do mundo, representados pelos 6 milhões que habitam o Estado de Israel, apoiados incondicionalmente pelos outros 8 milhões espalhados pelo mundo....Assim como, os 12 milhões de judeus europeus eram os culpados pelo infortúnio do mundo na década de 1930, não importasse qual fosse a real condição precária da grande maioria, espalhada pela Europa oriental. Não eram os fascitas italianos liderados por Mussolini, não eram os nazistas hitleristas, nem eram os comunistas de Stalin, um dos maiores assassinos da história mundial.Da mesma forma, o islamofascismo apropriou-se da linguagem antissemita hitlerista e esta, quiescente nestes 60 anos, já está amplamente redifundida no ocidente, patrocinada pelas ditaduras teocráticas árabes que investiram maçicamente no controle acionário da grande mídia mundial (CNN, FOX, etc., exemplo de investimento de bilhões de dólares do príncipe saudita bin Talal, o 5o. mais rico do mundo). Os slogans da década de 1930 estão em qualquer "chat" de um Globo, uma Folha de SP ou um NYTimes. Se entrarmos neste segundo, veremos aos borbotões: "porcos sionistas", "judeus controlam a mídia e as finanças internacionais", "morte a todos os judeus", "judeus não se misturam, tenho nojo deles", entrem agora e vejam...
Por outro lado, temos recebido, principalmente por e-mail ou outras fontes judaicas, informações idôneas que, lamentavel e intencionalmente tem sido omitidas pela mídia de grande circulação. Difundam estas informações, enviem e-mails, estudem as informações, estejam preparados para o debate. Não podemos nos omitir, precisamos de argumentos verdadeiros, justos e equilibrados, sempre prontos.

O debate e o livre arbítrio são inerentes a nossa cultura. A condição analítica e questionadora é uma prerrogativa talmúdica. Acima de tudo, em momentos históricos como este, aonde o mundo nos vilaniza sistematicamente, o que pode culminar rapidamente em mais um holocausto judaico (bastando um Irã atômico em 2 anos, por hipótese), continuaremos aceitando a todas as diferenças, mas não poderemos aceitar que, em nome de uma esquerdopatia falsamente igualitária, ou de suposta correção política superior, judeus como nós, mas com exposição nos meios de comunicação, se posicionem de forma dúbia, como se falassem em nome do nosso povo. Cobrem destes, postura ou não permitam que falem por nós.

Shalom
Sérgio Kandelman, RJ

Postado por
Rosangela